Este trabalho analisa as conexões entre a pedagogia libertadora de Paulo Freire e a ética da libertação de Enrique Dussel, visando construir uma proposta de pedagogia filosófica da libertação. Parte-se da compreensão de que a educação não é neutra, mas um ato político que pode reproduzir ou transformar estruturas opressivas. A metodologia é qualitativa, baseada em análise bibliográfica das obras Pedagogia do Oprimido e Educação como Prática da Liberdade, de Freire, e Para uma Ética da Libertação Latino-Americana, de Dussel, além de estudos críticos sobre ambos os autores. A pesquisa identifica convergências entre os conceitos de libertação em Freire e Dussel, como a crítica à opressão, a centralidade do oprimido na construção do conhecimento e a necessidade de uma práxis transformadora. Destaca-se, ainda, o papel das metáforas freireanas, como a educação bancária e o inédito viável, na formulação de uma pedagogia emancipatória que dialoga com a proposta dusseliana de libertação ética. Conclui-se que o encontro entre Freire e Dussel fortalece a construção de uma filosofia da educação comprometida com a libertação, oferecendo bases para repensar a prática educativa em contextos de desigualdade e exclusão.
Comissão Organizadora
EDITORA PHILLOS ACADEMY
Comissão Científica